O silêncio e a penumbra: infância entre Fernand Deligny e René Schérer

Autores

  • Eder Amaral

Resumo

O clima das lutas em torno da liberdade sexual na França dos anos
1970 tornou possíveis variações de temperatura que parecem impensáveis
neste inverno securitário que ainda nos atinge e talvez demore
a passar, como já temia Félix Guattari trinta anos atrás2. No que toca
à infância, muitas das ideias e discussões mais acaloradas daquele
período podem ser folheadas nas páginas encardidas de uma revista
1 Ensaio escrito por ocasião do Encontro Internacional Fernand Deligny – com, em torno
e a partir de tentativas, realizado de 25-27 de agosto de 2016, no Rio de Janeiro (PUC
-Rio/Base Dinâmica). Agradeço a Marlon Miguel pelo convite e, especialmente, a Noelle
Resende e Thalita Lima, pela interlocução e indicações que deflagraram o impulso para
este texto desde a Jornada Fernand Deligny: A arte da tentativa, realizada sob a direção
das professoras Heliana Conde (UERJ) e Adriana Rosa (UFF), em 04 de dezembro de 2015
(UFF, Campus Gragoatá, Niterói-RJ).
2 GUATTARI, 1986/2009.
O silêncio e a penumbra: infância entre
Fernand Deligny e René Schérer1
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Eder Amaral
O silêncio e a penumbra: infância entre
Fernand Deligny e René Schérer
Cadernos Deligny
volume I / número 1
camaleônica criada e editada por ele, revista cujas metamorfoses eram
alimentadas e empreendidas por hordas e bandos vindos de toda parte.
É em meio a esses volumes multicoloridos e fartamente ilustrados
que me deparo com as cartas que me servem de ponto de partida para
este ensaio, no qual pretendo trazer à baila algumas questões em torno
da infância, suscitadas pela correspondência entre Fernand Deligny
e René Schérer, ambos colaboradores contumazes da tal revista.

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Publicado

2018-01-12

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

O silêncio e a penumbra: infância entre Fernand Deligny e René Schérer. (2018). Cadernos Deligny, 1(1), 16. https://cadernosdeligny.jur.puc-rio.br/index.php/CadernosDeligny/article/view/19